sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Dores de Nós

Qual lucidêz reage ao desacordo
amor-violência?
As dores intermináveis das diferenças,
violência de nós e para nós mesmos.
Qual a razão do distanciamento se se ama?
Sonhos,filhos, edificações materiais
se confundem e difundem em nossas
intermináveis incompreesões.
Quem,a não ser os velhos,espera de nós sensatêz?
O mundo que aqui desmorona em meu corpo,
na minha cabeça,em minha existência
parece uma vida mil vezes anunciada.
Seguir caminhos ,terapias,tapete novo para a sala
de estar,,comprar um cãozinho....
tudo reflexo  da solidão do desentendimento.
Um bebê engatinhando na sala com um sorriso lindo
na boca banguela,mas insistimos em
sermos infelizes.
Quais dores ainda criaremos?
Por onde andarão as promessas?
Não posso mais com essa angústia
de corpos-almas-fantasias separadas.
Eu não posso mais com nosso mundo,
vou deixá-lo cair sobre nós
e ver o que encontraremos em nossos escombros.




Por Ulisses em 14/10/96.

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