Vejo as mãos ensanguentadas,
vejo olhos apavorados,
juízos perdidos
e ,no segundo seguinte,
nada mais pode ser visto
por conta de ódios excessivos.
Vislumbro clamar por paz,
m as não há mais espaço para diálogos.
Procuro um espaço para fugir,
mas não existem portas de emergência.
Queria estar em meio a um pesadelo,
mas os gritos de ira do oponente dão o tom da realidade.
A violência, que gratuita me é oferecida,
tem o gosto amargo da derrota de meus propósitos.
Em silêncio, petrificado, suporto todos os ódios.
Tenho a certeza que existem ali dois seres
em estágios diferentes de propósitos existenciais.
Por Dr Ulisses em 14/10/2011
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